sexta-feira, 18 de novembro de 2022

VACINA ANTI-ESTROFULO INJETÁVEL

VACINA ANTI-PRURIGO ESTRÓFULO (ALERGIA A PICADA DE INSETOS SUGADORES)

O prurigo estrófulo produz uma sensação muito desagradável sobre a pele, pois estimula o ato de coçar com o propósito de eliminar a coceira. Dependendo da intensidade, gera desconforto, irritação e nervosismo e causa o aparecimento de piodermites que podem ser responsáveis pela febre reumática, pela glomerulonefrite, por pneumonias e, nas meninas por infecções urinárias. As piodermites são muito contagiosas.
Como o estrófulo tem maior incidência entre as crianças, as portadoras em idade escolar têm menor desempenho nos estudos.
Em nosso país, a maior incidência do estrófulo ocorre durante os períodos quentes do ano, quando há maior incidência de insetos. No Brasil, como país continental, o estrófulo pode manifestar-se durante o ano inteiro e às vezes pode assumir características estacionais ou aparecer no período de férias (praia ou campo).
A picada de insetos nas pessoas sensíveis provoca o aparecimento do estrófulo. As lesões cutâneas mais frequentes são do tipo pápula, vesícula (seropápula de Tomasoli) ou pápula crostosa extremamente pruriginosas que levam às escoriações, as eczematizações e às infecções secundárias.
Os locais mais afetados no corpo são os braços, pernas, nádegas, abdome (região da cintura) e dorso.
A face raramente é afetada. Quando afeta as plantas dos pés e palmas das mãos, as lesões são bolhosas.

Importante: as lesões do estrófulo não são encontradas nas axilas.

ETIOLOGIA: os insetos sugadores [borrachudo (pium), carrapato, aedes, pernilongo (mosquito) e pulga] são responsáveis pelo estrófulo. 1/3 das lesões dermatológicas nas crianças podem ser provocadas por estes insetos.

INCIDÊNCIA: é muito comum nas crianças e raras nos adultos. Contudo, pode ser observada em estrangeiros que fixam residência no Brasil, principalmente europeus e norte-americanos.

EVOLUÇÃO: A evolução natural do estrófulo pode iniciar-se no primeiro ano de vida e chegar até a adolescência. Nas crianças submetidas a imunoterapia específica, após 3 meses de tratamento começa a reduzir-se o tamanho das lesões e o aparecimento de novas lesões. Em 6 meses, as crianças praticamente estão isentas da alergia, na maioria dos casos, porém para erradicação da alergia o tratamento deve ser mantido por 18-24 meses.
PODE CAUSAR SE NÃO TRATADO, GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA. DOENÇA RENAL GRAVE.

DIAGNÓSTICO: é feito principalmente pela história clínica e pelo exame das lesões dermatológicas. Os testes de leitura imediata geralmente são negativos na maioria dos pacientes portadores dessa alergia. Deve -se lembrar que o estrófulo é uma reação do tipo tardia, o que torna o diagnóstico essencialmente clínico.
MITO: o estrófulo foi confundido, durante muito tempo com uma erupção provocada pelo aparecimento dos dentes da criança, com verminose ou com alergia alimentar (em particular o chocolate). Hoje sabemos que a picada dos insetos sugadores é responsável por esta alergia de hipersensibilidade tardia.

TRATAMENTO PROFILÁTICO: preconiza-se a eliminação de águas paradas, o uso de inseticidas e repelentes (caso não coexista alergia respiratória), o uso de telas e mosquiteiros, recomenda-se evitar o uso de perfumes e roupas coloridas, principalmente as fluorescentes. Mas devemos reconhecer que estes procedimentos são muito trabalhosos e não apresentam resultados práticos.

SINTOMÁTICO: os medicamentos de escolha são corticosteroides tópicos ou sistêmicos e, no caso de infecção secundária, antibióticos.

IMUNOTERAPIA: este procedimento modifica o curso natural da alergia, reduzindo e eliminando o aparecimento das lesões. A imunoterapia pode ser feita por meio de vacinas sublinguais (orais) e subcutâneas. A duração do tratamento varia de 18-24 meses, ou a critério médico.

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